10/08/2022 - 08:35 | Atualizada em 10/08/2022 - 22:52
Mais um caso de assédio moral envolvendo servidores da educação do município de Várzea Grande foi comunicado ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT). Desta vez, contra a servidora L.E.C.S, merendeira lotada na Escola Municipal de Educação Básica Marilce Bendedito de Arruda.
Segundo informações da secretária de assuntos jurídicos da sub-sede sindical, Cida Cortez, a servidora foi assediada pela diretora da escola, Tereza Hubner. Ela teria dito que L.E.C.S "iria responder a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por ter deixado as dependências da escola para participar de uma manifestação do Sintep-VG marcada com mais de 72h de antecedência".
"Este tipo de assédio tem ocorrido com frequência em várias escolas da rede municipal de Várzea Grande e com o conhecimento do secretário municipal de educação, esporte, cultura e lazer, Silvio Fidelis. Ele, inclusive, advertiu a servidora por escrito sob alegação de que ela teria deixado de cumprir suas funções no dia 9 de agosto, para participar de uma manifestação do nosso sindicato. Assédio moral claro e inadmissível, visto que a unidade foi previamente avisada da ação sindical", explicou Cida Cortez.
"A Constituição Federal garante a todo trabalhador o direito de se manifestar contra atitudes do empregador que firam seus direitos trabalhistas e sem a necessidade de permissão do contratante, seja no serviço público ou privado. Fidélis cometeu assédio moral, fazendo a servidora passar por constrangimento e humilhação”, completou.
Cida lembrou que o assédio moral é uma das causas do adoecimento mental dos trabalhadores, gera medo e crises de pânico, ansiedade e depressão. Para combatê-lo, o trabalhador precisa juntar provas e denunciar o agressor.
"Quem sofre este tipo de agressão só deve falar com o assediador na presença de outro colega, de preferência de confiança, e ter o hábito de registrar, diariamente, os fatos ocorridos. Juntar provas é fundamental para as devidas providências jurídicas.
O Sintep não tolera este tipo de atitude e tomará todas as providências cabíveis na defesa da servidora".
Reclamações trabalhistas
A manifestação do dia 9 de agosto, cobrava o rateio da sobra do Fundeb (Fundo Nacional da Educação Básica) com os servidores; o que não tem sido cumprido, segundo o Sintep-VG, desde final de 2021.
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