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Notícias | Política

VACINA ERRADA

AGU aponta que em MT mais de 3 mil menores receberam vacinas de adultos

Em todo o país foram 57.147 erros registrados. Um relatório foi enviado ao STF

Robson Fraga

19/01/2022 - 22:15 | Atualizada em 19/01/2022 - 22:33

Levantamento feito pela Advocacia Geral da União (AGU) com base em dados da Rede Nacional de Dados da Saúde revela que em Mato Grosso mais de 3 mil crianças e adolescentes tomaram vacinas contra covid-19 destinadas a adultos.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19), e revela que o erro aconteceu em todo o país num total de 57.147 pessoas prejudicadas. Vale ressaltar que a vacina Pfizer direcionada para crianças é diferente da fabricada para adolescentes e da outra direcionada para imunização de maiores de 18 anos. As doses também variam.

O relatório apontando os erros foi enviado nesta terça-feira (18), ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo advogado-Geral da União, Bruno Bianco.

Bianco informou que o Ministério da Saúde enviou dois ofícios aos estados e ao Distrito Federal em setembro e em novembro do ano passado, questionando os dados sobre a aplicação de vacinas erradas. Tambpem foi levantada a hiótese de erro de inserção de informações no sistema. mas não houve respostas por parte dos municípios.

O dvogado-Geral da União pediu a Lewandowski que conceda uma liminar (decisão provisória) para obrigar estados e municípios a interromper qualquer campanha de vacinação de crianças e adolescentes que esteja em desacordo com as diretrizes da Anvisa e do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

A AGU argumenta que já há indícios suficientes para justificar medida cautelar (liminar) contra os estados pois os dados apurados “podem vir a revelar, nas hipóteses mais extremas, casos de negligência gravíssima na aplicação de vacinas”.

Bianco pede ainda que Lewandowski ordene estados e municípios a identificarem todas as crianças e adolescentes que receberam vacinas equivocadamente, para que sejam inseridas no sistema de farmacovigilância e tenham identificados possíveis efeitos adversos. O procedimento é uma recomendação da Anvisa.
 
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