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Homicídio

Polícia revela detalhes da morte de Roberto Zampieri

O advogado foi executado no dia 5 de dezembro, em Cuiabá

Da Redação

24/12/2023 - 11:47 | Atualizada em 25/12/2023 - 11:57

"Execução mal feita". Assim avalia o delegado Edison Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, praticado por pistoleiro no dia 5 de dezembro em Cuiabá.

O bandindo que atirou e matou o advogado, se deixou filmar por câmeras de segurança do escritório da vítima e da rua onde o crime foi cometido.

"Como circulou na mídia, também recebemos os vídeos da vigilância do escritório. A empreitada que os executores realizaram, mal feita, expôs a face deles. Com a face, conseguimos identificá-los", destacou od delegado em entrevista à imprensa neste sábado (24).

A quadrilha é formada pelo instrutor de tiros, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, quem articulou a contração do pistoleiro Antônio Gomes da Silva e lhe forneceu a arma usada no crime a mando da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo. Todos foram presos em Minas Gerais e neste sábado (23), transferidos para Cuiabá onde vão responder às investigações.

O único que confessou o crime foi o atirador, Antônio Gomes. Os demais, negaram participação.

Motivação

A investigação aponta como motivação do homicídio uma disputa por terras entre Maria Angélica e Evelci de Rossi, defendido por Zampieri. No início do processo, a vítima defendia a empresária, mas no curso da disputa judicial que corre na Vara Única de Ribeirão Cascalheira, Zampieri mudou de lado.

A ação foi proposta por Evelci contra Maria Angélica  Gontijo e os pais dela, Maria de Fátima Caixeta Borges Gontijo e João Moreira Gontijo. Envolve a disputa por uma área chamada "Fazenda Lago Azul", em Cascalheira, Mato Grosso.

Monitoramento da Vítima

O delegado Edison contou que imagens de câmeras de segurança apontaram que que Antônio estava hospedado em um hotel próximo a rodoviária de Cuiabá. Apontaram ainda, que o executor ficou na tocaia de Zampieri por cerca de 30 dias.

A investigação detectou que Hedilerson e Maria Angélica chegaram na capital um dia antes da execução com a a arma do crime. A polícia apura se os três se encontraram antes do pedreiro matar o advogado.

Hedilerson foi embora no dia do homicídio, segundo à policia. Ele foi identificado porque imagens das câmeras mostraram ele usando um boné do clube de tiro, onde ele dá aulas em Belo Horizonte, Minas Gerais. No momento da prisão ele estava usando a peça, que foi apreendida pela polícia. Antônio foi aluno de Hedilerson em seu clube de tiro.

O delegado informou que Antônio, o matador de aluguel, trabalha como pedreiro e iria receber R$ 40 mil pelo homicídio: 50% foi pago antes da execução. Depois do crime, ele fugiu para Minas Gerais. A polícia apura se a empresária ou instrutor facilitaram a fuga do pedreiro até Minas Gerais.

Maria Angélica foi presa em um posto de combustível de Patos de Minas (MG), na última quinta-feira (21). Hedilerson foi preso no cluibe de tiros em que dá aula, também em MG. Ele possui registro CAC para uma pistola que estava guardada dentro do cofre e foi apreendida pelos policiais.

A empresária entregou seu celular pessoal e todas as armas e munições em seu nome, além de seu passaporte. Com os telefones, a polícia busca verificar possíveis contatos entre ela e os outros dois suspeitos.

A empresária vai para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, e os dois homens para a Penitenciária Central do Estado (PCE).

(Com informações do MídiaJur)

 
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