Um morador de Cuiabá perdeu, na madrugada desta segunda-feira (1º), seu melhor amigo:  o cachorro Theo. O animalzinho teria se assustado com os fogos do réveillon e pulado do 8º andar do prédio onde morava.

Brenner Arantes falou do ocorrido em texto emocionado publicado em suas redes sociais.

“Estou sem forças para escrever aqui, mas quero aproveitar e orientar a todos que estão lendo a evitar fogos e bombas, nesta data de hoje. Lembrem-se que crianças com autismo e idosos sofrem muito com isso também”.

“Nosso filho foi feliz até o último dia de vida, te amamos Theo; sua vida será eternizada em nossos corações para sempre”, completou.

Fogos de estampido estão proibidos em MT

Em Mato Grosso, a lei 12.115, promulgada em junho do ano passado, pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (UB), proíbe a venda, transporte, armazenamento e soltura de fogos de artifício com efeito sonoro. Apenas fogos de vista, que produzem efeitos visuais “sem barulho”, são permitidos.

O problema é que a lei só passa a valer um ano após sua publicação. ou seja, em junho de 2024.

Caberá ao Estado fazer a fiscalização e multar os infratores.

“O descumprimento ao disposto nesta Lei acarretará ao infrator a imposição de multa fixada entre 200 (duzentos) a 3.000 (três mil) Unidades Padrão Fiscal do Estado de Mato Grosso (UPF/MT), valor que será dobrado na primeira reincidência e quadruplicado a partir da segunda; entendendo-se como reincidência o cometimento da mesma infração num período inferior a 30 (trinta) dias”, diz a lei de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSD).

Conselho Regional de Medicina Veterinária

A diretora do CRMV-MT, Andreia Yamanaka, enfatiza que a lei “não só atende às necessidades dos animais, mas também promove uma conscientização mais ampla sobre a importância de práticas responsáveis durante as celebrações”.

“Acreditamos que trará benefícios não apenas para os animais, mas para toda a comunidade, promovendo uma convivência mais harmoniosa durante os eventos festivos", disse.

“Esperamos que a regulamentação em Mato Grosso sirva como exemplo para outras regiões, incentivando práticas que considerem o bem-estar animal durante celebrações e eventos”,  completou.