informe o texto

Notícias | Geral

Alta Floresta

Empresa e produtores de MT na lista suja do trabalho escravo

Eles estão em Alta Floresta, Juína e Pedra Preta

DA REDAÇÃO

10/04/2024 - 08:07 | Atualizada em 12/04/2024 - 13:49

Empresa e produtores de MT na lista suja do trabalho escravo

Foto: PM-MT

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou na última sexta-feira (5), nova lista contendo os nomes de mais uma empresa e duas pessoas físicas que atuam em Mato Grosso utilizando-se de trabalho escravo. Eles fazem parte de um grupo total de 15 organizações espalhadas por diversos municípios do estado investigado e listado desde 2003. O documento é atualizado a cada semestre.

A RC Mineradora LTDA, localizada em Alta Floresta, apresenta maior número de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão: 10 pessoas foram resgatadas. As pessoas físicas são os produtores rurais Selma Pinto de Arruda Guimarães, de Juína, e Fabio Cezar Barros Leão, de Pedra Preta.

Na Fazenda Água Boa, de Selma, uma pessoa foi resgatada de situação análoga à escravidão. Já na Fazenda Oriente III, de Fabio Cezar, foram dois trabalhadores resgatados.

Em Mato Grosso fica a Fazenda Bom Jesus, em Paranatinga, onde foram identificadas 14 pessoas em condições precárias. O dono da fazenda é José Inácio Rodrigues Vargas. O empresário possui carta de apoio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), no valor de R$ 3,5 milhões, concedida em 2020, com aval do governo. O empresário também acumula multas ambientais desde 2008.

Ao todo, foram incluídos na lista 248 funcionários que submetiam trabalhadores a condições análogas à escravidão. Este é o maior número de inclusões já registradas na história, superando o registro registrado na última divulgação, em outubro de 2023. (Veja a lista completa ao final da matéria)

Permanência na Lista

As
empresas e funcionários inscritos na lista suja do trabalho escravo Permanecerá nela por, no mínimo, 2 anos, conforme determinação da Portaria Interministerial Nº 4, de 11 de maio de 2016. Durante o período em que a empresa estiver na lista, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) faz o monitoramento dos militares e dos locais onde foram registrados os casos de trabalho escravo.

A SIT busca a regularização das empresas com os trabalhadores e, caso a empresa permaneça cometendo o crime, o nome do empregador permanecerá na lista suja por mais dois anos.

Denúncia

O Governo Federal possui um canal exclusivo para a população fazer denúncias sobre casos de trabalho escravo. As denúncias são feitas através do Sistema IPÊ que permite que o denunciante não precise se identificar e toda a denúncia pode ser feita pela internet. Além de receber denúncias análogas à escravidão o sistema também recebe denúncias de trabalho infantil. Para denunciar ocorrência de trabalho escravo,  clique aqui.

Veja lista completa  CLICANDO AQUI .
 
Sitevip Internet
Fale conosco via WhatsApp