13/04/2024 - 09:50 | Atualizada em 13/04/2024 - 10:17
A esposa do deputado federal Abilio Brunini (PL), pré-candidata a vereadora por Cuiabá, Samantha Iris, criticou nesta sexta-feira (12), a vereadora Maysa Leão (Republicanos). A parlamentar teria dito que Abilio foi conivente com o feminicídio por votar contrário à prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (UB-RJ). O preso foi indiciado Polícia Federal como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Na quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados manteve, com 277 votos favoráveis e 129 contrários, a prisão preventiva de Brazão autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Por força da Constituição Federal, parlamentares só podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis.
A votação pela Câmara dos Deputados discutiu apenas a formalidade da prisão determinada pela Suprema Corte, e não matérias de mérito que envolvem a produção de provas das quais o parlamentar é acusado.
Na avaliação de Samantha Iris, a vereadora Maysa Leão age com oportunismo ao distorcer a realidade dos fatos. Conforme Iris, a vereadora não terai se posicionado quanto a suposta agressão doméstica que teri sido praticada pelo filho do presidente Lula, Luis Cláudio Lula da Silva, contra sua ex-esposa.
"A vereadora Maysa Leão, que pregava a renovação, agora está ao lado de Botelho. Normal que também passe a relativizar autores de agressões físicas e psicológicas contra as mulheres. Ela também distorceu o teor da votação da Câmara dos Deputados. Havia uma discussão pelo plenário de que manter a prisão pode abrir precedente para qualquer parlamentar ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal, dispensando exigências da Constituição Federal. O que se viu da vereadora Maysa Leão foram ataques infundados, interpretações equivocadas propositalmente com o intuito de mero ganho político".
Samantha Iris ainda questionou a vereadora Maysa Leão pelo silêncio a respeito da criminalidade cometida por presidiários favorecidos com as saídas temporárias.
"Quantos feminicídios já não ocorreram por presos que se beneficiam da saidinha que o Lula decidiu manter? Alguém está falando disso?", questiona.
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