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INVESTIGAÇÃO

MPE manda investigar policiais por “tapas na cara” de assassino

Presidente do sindicato dos policiais civis vê inversão de valores na decisão

Da Redação

19/04/2024 - 11:52 | Atualizada em 19/04/2024 - 12:05

O Ministério Público do Estado (MPMT) determinou que a Corregedoria da Polícia Judiciária Civil (PJC) investigue supostos abusos cometidos por policiais na prisão de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, assassino confesso de três motoristas de aplicativo.

As vítimas foram mortas a pauladas e facadas em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, no último final de semana.

Segundo a promotoria, a medida é praxe em audiências de custódia para verificar a legalidade das prisões. Lucas Ferreira da Silva disse durante interrogatório que foi alvo de “vários tapas na cara” dentro da delegacia para onde foi levado após sua prisão em flagrante, na última segunda-feira (15).

Ele e outros dois menores de idade seriam os autores das mortes de Elizeu Rosa Coelho (58 anos), Marcio Rogerio Carneiro (34 anos) e Nilson Nogueira (42 anos), todos motoristas de aplicativo.

Até o momento, não exitem provas sobre as possíveis agressões, apenas o depoimento de Lucas. Caso comprovadas as agressões, os policiais podem ser punidos com advertência e demissão.

“Com relação a eventuais abusos praticados pelo Policial Civil, logicamente esse tipo de conduta não se justifica, não encontra amparo legal. Se realmente comprovado, pode caracterizar um crime de lesão corporal ou até abuso de autoridade. Em razão disso o Ministério Público requer que seja enviado expediente à Corregedoria da Polícia Civil para que instaure inquérito e apure essa eventual prática de crime por parte do policial”, requer.

Sindicato dos Policiais Civis

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de MT (Sinpol-MT), Gláucio de Abreu Castañon, comentou na tarde desta quinta-feira (17), o pedido de investigação que o Ministério Público Estadual (MP-MT).

“O Sindicato dos Policiais Civis expressa seu mais profundo pesar às famílias das vítimas e lamenta profundamente o fato de o Brasil ter chegado a tal ponto. Não culpamos o Ministério Público por cumprir seu dever, mas convocamos a sociedade e o legislativo federal à uma reflexão: é isso que realmente queremos? é isso que realmente defendemos?”, disse o presidente do Sinpol.

Para ele, está havendo claramente uma inversão de valores.

"O cidadão comum concorda com o fato de um psicopata ao ser preso acusar quem o prendeu de maus tratos, agressão, tortura etc, e o policial ter que pagar advogado, responder processo criminal e administrativo, correr o risco de ser preso e perder o emprego, sendo que ao final caso seja absolvido, não aconteça NADA com o marginal que fez a denúncia? O dia em que a polícia desistir não haverá mais barreiras entre o marginal e o cidadão de bem”, pontuou.

 
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