12/05/2022 - 09:38 | Atualizada: 12/05/2022 - 11:39
O deputado estadual Wilson Santos (PSD) continua sua articulação para convencer o governador Mauro Mendes (União Brasil) a sancionar o o PL 671/2021 que proíbe a construção de usinas hidrelétricas (UH) e Pequenas Centras Hidrelétricas (PCH) no leito do rio Cuiabá.
Na última terça-feira (10), o chefe do Executivo chegou a supor "interesses politiqueiros" dos parlamentares que aprovaram a proposta, segundo ele, "com tanta agilidade".
“Isso é uma coisa técnica e acho lamentável a Assembleia Legislativa ter feito esse tipo lei a toque de caixa. Tem muito deputado querendo ganhar voto nesta eleição. Isso tem que ser feito com estudo técnico e não podia ter feito assim. Nem o governador e nem a Assembleia podem acordar de um dia pro outro e resolver enviar um projeto lá e virar lei”, disparou.
“O governador sabe a importância do rio Cuiabá. É só ele ver o que aconteceu no rio Jauru, encheram o rio Jauru de cabo a rabo de usina e acabou com o rio, acabou! Não tem mais peixe, foi uma tragédia em toda aquela região. Então nós não queremos isso para o Rio Cuiabá”, Wilson Santos.
O deputado também quer convencer Mauro Mendes a sancionar outro projeto polêmico, já vetado anteriormente pelo Executivo: o que trata da liberação de remédios à base de canabidiol na rede SUS em Mato Grosso, também de sua autoria. No início da semana, Mendes disse á imprensa que iria vetar novamente o uso da substância no estado.
Para viabilizar apoio, Wilson Santos esteve com o titular da Casa Civil, Rogério Gallo, na última terça-feira (10). O deputado lembrou ao secretário que a Assembleia Legislativa é um poder constituído de forma democrática pela sociedade, assim como o governador, e que por isso, suas decisões em plenários precisam ser respeitadas.
"Se o governador puder me receber, eu gostaria muito de ter um tête-à-tête com ele em relação a esses dois projetos”, disse Wilson a Gallo.