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Artigos | Júlia Borges

Disbiose Intestinal

23/03/2022 - 15:15

A Microbiota intestinal (popularmente chamada de flora intestinal) é o conjunto de micro-organismos que habitam o trato digestivo. Simplificadamente, podemos dizer que ela é composta, basicamente, por bactérias boas e bactérias ruins.

Quando esses micro-organismos estão em um estado de desequilíbrio com predomínio de bactérias maléficas, conferimos um quadro de disbiose intestinal, apresentando sintomas como gases, dor abdominal, diarreia, constipação, náuseas e vômitos.

Como o intestino se comunica com todos os órgãos do nosso corpo pode ocorrer também manifestações extra intestinais, como:  cansaço, depressão, acne, infecção urinária, dores articulares, doenças autoimunes (tireoidite de Hashimoto, diabetes tipo 1,etc), obesidade e síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, dentre outras.

A alimentação é uma das principais causas da disbiose. Uma dieta rica em açúcares, adoçantes, gordura saturada, álcool e alimentos industrializados cheio de aditivos alimentares como conservantes, corantes, acidulantes, aromatizantes, associada ao baixo consumo de frutas, verduras, legumes e cereais integrais, leva ao aumento das bactérias ruins e diminuição das bactérias benéficas.

A dieta para reverter esse quadro consiste em um protocolo chamado “6Rs” (Remover, Recolocar, Reinocular, Reparar, Reequilibrar e Reavaliar).

Remover: retirar da alimentação os alimentos que aumentam o crescimento das bactérias ruins e daqueles que possam estar causando uma sensibilidade alimentar;

Recolocar: inserir alimentos e chás que auxiliam no processo digestivo;

Reinocular: probióticos e fibras prebióticas para aumentar a quantidade das bactérias benéficas;

Reparar: incluir nutrientes que atuam diretamente nas células intestinais, como glutamina, zinco e vitaminas A e D;

Requilibrar: adotar estratégias para modular o estresse e melhorar a qualidade do sono;

Reavaliar: visa observar se os objetivos e metas traçados foram alcançados e se a conduta proposta funcionou da melhor maneira possível.Vale ressaltar que o acompanhamento médico e nutricional é fundamental para o sucesso do tratamento.

Júlia Borges

Júlia Borges
Júlia Borges é nutricionista (UFMG)
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