A Argentina vai assumir a presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Um organismo criado para unir países da América do Sul num bloco políticoeconômico capaz de negociar com outros países.
Reunidos em Buenos Aires, ministros das relações exteriores e representantes de outros 32 países da região discutem esta liderança que ficará no poder até janeiro de 2023, quando novamente vão escolher um novo líder.
Intermédio Argentino
Com a união, a Argentina pretende liderar as relações entre Estados Unidos e Venezuela, Cuba e Nicarágua. E num período pós-pandêmico, firmar acordos entre os dois lados.
O ex-chanceler Argentino, Jorge Faurie (2017-2019) fez críticas ao pacto.
"O problema não é a Argentina assumir a Presidência da Celac. O trágico é que vai presidir um organismo com três membros que violam os direitos humanos, a liberdade e a democracia”, disse.
"Os Estados Unidos não precisam de pontes se quiserem estabelecer um diálogo com esses países. O que os Estados Unidos e a União Europeia realmente querem é que haja países nesta região que ajudem a recuperação da democracia na Venezuela, na Nicarágua e em Cuba" diz o embaixador, e logo em seguida completa: "Mas a Argentina, para conseguir os votos desses países, prefere ficar em silêncio e esconder a realidade”.